terça-feira, 25 de novembro de 2008

Reunião mensal de novembro

Nosso encontro mensal de novembro será realizado no próximo sábado, dia 29/11, às 10:00, no parquinho do Parque da Rua do Porto

Os bebês também são nosso convidados!

As reuniões são para falarmos dos problemas e das alegrias de amamentar. Aproveitem para encontrar outras mães com bebês pequenos e ouvir suas experiências.

Aberto a gestantes, mães, pais, enfim, todos que estão dispostos a conversar sobre a arte de amamentar.

Maiores informações, entre em contato através do e-mail: grupomama@terra.com.br ou dos telefones 9608-7275 - Juliana ou 9663-9858 - Raquel

Participem com a gente!!

Mudança do local das reuniões semanais

Devido a algumas mudanças na estrutura de atendimento do Hospital dos Fornecedores de Cana, informamos que mudamos o local de nossas reuniões semanais, elas passarão a ser realizadas a partir dessa semana, em novo endereço.

Elas continuam às quintas-feiras das 15h30 às 17h30.
Agora no CMI - Centro Médico Integrado
Av. Barão de Valença, 1044 Vila Resende
Há duas quadras do hospital.

Este local pertence ao Hospital dos Forncedores de Cana e firma ainda mais a nossa parceria com o Banco de Leite Humano, que dá todo o respaldo profissional para nossas indagações.

Lembrem-se que os bebês também são nosso convidados!
As reuniões são para falarmos dos problemas e das alegrias de amamentar, em todas as fases. Aproveitem para encontrar outras mães com bebês pequenos e ouvir suas experiências.

Aberto a gestantes, mães, pais, enfim, todos que estão dispostos a conversar sobre a arte de amamentar, podendo não só serem ajudadas por outras mães, mas contribuir muito com sua experiência.

Também é objetivo do nosso grupo divulgar e promover uma cultura de amamentação.Mesmo que não existam dúvidas nem dificuldades, venha partcipar das nossas reuniões! Sua participação é importante para juntas tentarmos recriar uma cultura mais amiga da mãe que amamenta.

Maiores informações, entre em contato através do e-mail grupomama@terra.com.br ou dos telefones 9608-7275 - Juliana ou 9663-9858 - Raquel

Participem com a gente e nos ajudem a divulgar as reuniões!!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Relato de amamentação e volta ao trabalho

Relato de volta ao trabalho de Gisele, mãe de Enzo

Amamentar é muito bom mesmo! A data da volta ao trabalho estava por chegar e ansiedade do que fazer para continuar amamentando era uma preocupação constante, ainda mais que a minha história de amamentação fora uma tragédia em três atos: problemas de “pega”, monilíase, complemento por 20 dias, seios muito machucados. Aconteceu de tudo mesmo e cada obstáculo foi superado com muita informação, muita gente me apoiando, me dizendo o quanto era importante o meu leite, e dia após dia, a promessa de dar a mamadeira na próxima mamada ia caindo por terra, e um problema após o outro ia se transformando em satisfação em amamentar exclusivamente o meu bebê até os 6 meses, como eu sempre sonhava. O complemento foi abandonado quando o Enzo tinha um mês. Eu prometi a mim mesa: morro de dor, mas amamento o meu filho exclusivamente. E joguei a lata de NAN no lixo.

Aos três meses, comecei a experimentar a ordenha manual. Fui me informando aos poucos nos sites, como fazer, como armazenar o leite, como oferecer ao meu pequeno. Já tinha uma bomba manual, comprada infelizmente com o objetivo de retirar o meu leite e poupar o meu seio de uma das mamadas, pois as machucaduras eram muitas, a ponto de uma vez me fazer desmaiar de dor ao amamentar.

Comecei a tirar leite para guardar. Primeira ordenha uma tragédia: míseros 20ml. Desanimei... mas de 20 em 20ml ia guardando e sem perceber, depois de alguns dias, os 20ml já era 60ml, que passaram para 80ml, 150ml e ia aumentando conforme a demanda da “bomba”.

Com 4 meses definitivamente todos os problemas estavam resolvidos. A pega havia melhorado com uma seção de fono, aliada a exercícios antes das mamadas. A monilíase com remédio melhorara, e os banhos de sol arrematavam as cicatrizes do meu seio, ajudando a reconstruir a pele manchada e dilacerada pelo fungo. Era só alegria. Me sentia feliz, realizada, completa...

Quando comecei a sentir o prazer de amamentar, me animei a turbinar o meu estoque. Quando o Enzo completaria 5 meses e 15 dias, eu teria que retornar ao trabalho e o meu objetivo era oferecer ao meu filho o melhor: o meu leite exclusivamente até os 6 meses. Afinal, tanto sacrifício para conseguir amamentar não poderia parar por ali.

Aluguei então uma bomba elétrica dupla. Nas mamadas, oferecia um dos seios somente ao Enzo, e após a mamada, bombeava os dois seios, e o leite armazenado. Na amada seguinte, oferecia a ele o seio que fora bombeado, e bombeava novamente os dois e assim por diante. Quando completei 5 meses e 15 dias, próximo de voltar ao trabalho, resolvi procurar outro emprego e consegui e para a minha alegria, poderia ficar trabalhando de casa mais 15 dias e com isso amamentar mais 15 dias. O universo estava conspirando.

Eu já tinha um estoque imenso de leite. Voltei a trabalhar e meu filho continuou a tomar só o meu leite até os 6 meses.

Aluguei uma bomba elétrica, dotada de compartimento para transportar o leite. Comprei vários vidros, esterilizei todos e estava pronta para retornar, porém o meu primeiro projeto foi numa petroquímica. E eu pensei... meu Deus, numa petroquímica, não terei onde fazer a ordenha. Mas fomos em frente e eu tinha planos de encontrar uma tiazinha boazinha, que me deixasse ordenhar na casa dela, sei lá. Cheguei no cliente, e só me restava uma alternativa: o banheiro. Não era a opção mais higiênica, mas... era a única então agarrei. Eu fazia três ordenhas por dia: uma pela manhã, uma após o almoço e uma no fim da tarde. Isso totalizava, um volume de 600ml mais ou menos. Deixava o leite na geladeira e ao fim do dia transportava para casa.

Metade deste leite ele tomava pela manhã no dia seguinte, metade do leite ele levava congelado para a escolinha. Além do leite ordenhado, tinha a mamada da madrugada, da manhã e antes de dormir.

Eu tinha um estoque enorme de leite e um belo dia ao chegar em casa, descobri que a porta do freezer ficara aberta e todo o meu estoque descongelou. Chorei muito, quebrei todos os vidros e na hora me desesperei: tanto sacrifício para nada. Mesmo assim não desanimei, pelo contrário, sabia que a partir daquele momento não poderia mais ter preguiça: a produção era just in time. Tirava num dia, para oferecer no outro. Fiquei triste, fiquei. Mas não desanimei e por conta disso, meu filho nunca ficou um só dia sem o leite dele.

Minha história de amamentação teve de tudo: alegrias, tristezas, desgostos, frustrações, lágrimas, mas sempre teve uma pitada de determinação que não me deixava desistir. Essa determinação me rendia muito leite, em meio as angústias de não conseguir amamentar. Minha mãe que sempre esteve comigo, foi junto com o meu marido que me dava muito apoio, fator determinante para o sucesso da minha turbulenta amamentação.

Parei com as ordenhas diárias quando ele tinha ele 1 ano e 2 meses. Tive o orgulho do meu filho só tomar o meu leite por mais de 1 ano. Hoje ele mama pela manhã e pela noite antes de dormir.
Meu bebê, com quase 1 ano e 6 meses, mama com uma carinha de satisfação que faz o meu coração transbordar de felicidade, pois transpus cada dificuldade com amor, determinação e muita informação.

Gisele do Enzo
1 ano e 9 mese....mamando

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Quando a mãe trabalha fora

Quando a mãe trabalha fora

Imagem retirada de www.breastfeeding-art.com (office)
Estou preocupada porque meu filho de três meses não aceita a mamadeira. Já tentamos toda sorte de bicos e diferentes fórmulas. O pediatra me disse para parar de amamentar, para que ele possa se acostumar à mamadeira, mas ele ficou os últimos três dias sem comer e continua não querendo. Eu voltei a amamentá-lo, mas agora não tenho mais leite suficiente e ele parece faminto após a mamada. O que posso fazer para ele aceitar a mamadeira? Irei retornar ao trabalho em breve e eu preciso desmamá-lo antes disso.

Essa mãe foi vítima de dois erros freqüentes envolvendo amamentação ao trabalho.

O primeiro erro foi fazê-la acreditar que ela precisava desmamar seu filho antes de retornar ao trabalho. Isso não é necessário. Na pior das hipóteses, ela poderia tentar uma alimentação mista: amamentar antes e depois do trabalho e oferecer leite artificial quando ausente. Todas as crianças (e todas as mães) vivenciam um período difícil quando elas precisam se separar por causa do trabalho, e a amamentação pode ser um maravilhoso caminho entre a separação e o reencontro. Muitas mães encontram soluções satisfatórias melhores que oferecer fórmula: muitas levam seus bebês para o trabalho, outras trabalho compartilhado, algumas conseguem que o bebê seja levado a elas para serem amamentados, outras ordenham e estocam seu leite. Melhor ainda, se seu bebê já tiver idade para introdução dos sólidos, deixe que seu bebê se alimente de comida na sua ausência (esta é uma exceção para a regra geral de amamentar o bebê antes de oferecer os primeiros sólidos).

Quando você sai para o trabalho (ou quando sai com o cachorro), o seu bebê não sabe onde você está e quanto tempo você vai demorar. Ele ficará muito assustado e chorará como se você fosse deixá-lo para sempre. Vai levar alguns anos até que seu bebê seja capaz de ficar longe de você sem chorar e antes que ele entenda que a “mamãe vai voltar logo”. Toda vez que você voltar, vai abraçá-lo, amamentá-lo e o bebê pensará: “outro alarme falso!”. Mas se você retornar ao trabalho e tentar desmamá-lo abruptamente e ao mesmo tempo, quando você volta do trabalho, o bebê pede para mamar e você recusa, o que o bebê irá pensar? “Ela me abandonou porque não gosta mais de mim.” Esse é o pior momento para o desmame.

O segundo erro foi acreditar que o bebê precisa de uma mamadeira (ou sólidos, o que é menos pior) quando você retorna ao trabalho, e você deve acostumá-lo com uma primeiro. Se você treiná-lo a acostumar-se com uma mamadeira, a única coisa que você vai conseguir é arrumar encrenca: ao invés de quatro meses de amamentação exclusiva, você terá três. Mas o que é mais relevante aqui, como a gente viu no exemplo acima, o bebê muitas vezes recusa a mamadeira. Ainda que a mãe ordenhe seu leite e tente dar na mamadeira, muitos bebês recusam.

E a razão é que os bebês não são bobos. Se a mãe não está em casa e a avó vem com uma mamadeira (ou melhor ainda, com um copinho para evitar confusão de bicos), duas coisas podem acontecer. Primeiro, se o bebê não estiver com fome, ele provavelmente não aceitará nada. Ele vai compensar isso quando a mãe retornar. Muitos bebês dormem a maior parte do tempo quando estão distantes das mães, e então vão mamar à noite. A outra possibilidade é, se o bebê estiver com fome (e especialmente se tiver leite materno na mamadeira), ele poderá tomá-la e pronto. E ele deve estar pensando: “Bem, ela não está aqui, então é isso que eu tenho que fazer.”

Mas se mãe está em casa e o bebê pode ver e sentir o peito, como ele vai aceitar um copinho ou mamadeira? Ele deve pensar: “Minha mãe deve estar louca, ela tem o peito aqui e quer me dar essa geringonça?” E ele insiste: “É o peito ou nada!”

Do livro My child won´t eat!, do Dr. Carlos González